Diomedes filho de Ares e Pirene, o cruel rei da Trácia, possuía quatro éguas, Podargo, Lâmpon, Xanto e Dino, que vomitavam fumo e fogo e que eram alimentadas com as carnes dos estrangeiros que as tempestades lançavam às costas da Trácia.
Euristeu ordenou a Hércules de pôr termo a essa prática selvagem e trazer as éguas para Argos.
O herói foi obrigado a lutar com Diomedes, que, vencido, foi lançado às suas próprias bestas antropófagas.
Após devorarem o rei, as éguas, estranhamente, se acalmaram e foram, sem dificuldade alguma, conduzidas a Micenas.
Euristeu as deixou em liberdade e as mesmas acabaram sendo devoradas pelas feras do monte Olimpo.
Do ponto de vista simbólico, sendo as éguas antropófagas, configuram a perversidade que devora o homem: a banalização, causa da morte da alma.
A terceira égua mencionada (Xanto) é a mesma que, ao lado de Bálios, levava a carruagem de guerra do divino Aquiles e chorara a morte do poderoso Patroclo durante a guerra de Troia?!